quinta-feira, 26 de julho de 2012

Aquecimento Global


O oceano e os seus habitantes vão ser afectados irreversivelmente pelos impactos do aquecimento global e pelas alterações climáticas. Os cientistas dizem que o aquecimento global, através da subida da temperatura da água do mar, vai elevar os níveis da água e alterar as correntes oceânicas.


Correntes Oceânicas

A água nos oceanos do nosso planeta encontra-se sempre em movimento – arrastada pelas marés, soprada pelas ondas, e movendo-se lentamente em volta do planeta pelas forças do Cinturão Termohalino Mundial (também conhecido como circulação termohalina). O Cinturão é alimentado pelas diferenças de temperatura e de salinidade das águas, e um dos seus componentes mais conhecidos, a Corrente do Golfo, transmite à Europa o seu clima relativamente moderado.

Para além de manter o clima moderado da Europa e de desempenhar um papel importante no clima do planeta, o Cinturão fornece uma corrente ascendente aos nutrientes do fundo do oceano, e aumenta a absorção oceânica do dióxido de carbono.

O que pode correr terrivelmente mal

De forma preocupante, estudos recentes comunicam que já podem existir provas de uma circulação mais lenta do Cinturão, ao largo da crista oceânica profunda situada entre a Escócia e a Gronelândia. E embora o Cinturão pareça ter funcionado de modo razoavelmente previsível ao longo dos últimos milhares de anos, uma análise aos núcleos de gelo tanto na Gronelândia como na Antárctida indica que nem sempre foi o caso. Num passado mais distante, alterações à circulação do Cinturão encontram-se associadas a alterações climáticas bruscas.

Resumindo, a diluição da salinidade do oceano – resultante do degelo do Árctico (e do lençol de gelo da Gronelândia) e/ou do aumento de precipitação – pode desactivar, atrasar ou desviar o Cinturão. Este arrefecimento dramático significaria uma enorme perturbação para a agricultura e para o clima europeus, e teria impacto em outras correntes e temperaturas nos mares de todo o planeta.

Subida do Nível das Águas do Mar

É esperada uma subida média global do nível das águas do mar entre 9 e 88 cm (3,5–34,6 polegadas) ao longo dos próximos cem anos, devido aos gases de estufa que emitimos até agora e às prováveis emissões futuras. O fenómeno acontecerá aproximadamente na mesma proporção devido ao degelo e devido à expansão térmica dos oceanos (a água expande-se à medida que aquece).

Mesmo esta projecção comparativamente modesta da subida do nível das águas do mar vai provocar destruição. Inundações costeiras e danos provocados por tempestades, linhas costeiras em erosão, contaminação das reservas de água potável por água salgada nas áreas agrícolas, inundação de zonas húmidas costeiras e das ilhas barreira e um aumento na salinidade nos estuários, todas serão realidades de uma subida do nível das águas do mar, mesmo que pequena. Algumas cidades e vilas costeiras em cotas baixas também serão afectadas. Os recursos essenciais para as populações insulares e costeiras, como as praias, a água potável, as pescas, os recifes de coral e atóis e os habitats da vida selvagem também se encontram em risco.

O lençol de gelo da Antárctida Ocidental

Há apenas quatro anos era consensualmente aceite que o lençol de gelo da Antárctida Ocidental era estável, mas um degelo inesperado na região está a fazer com os cientistas reavaliem essa hipótese.

Em 2002, a Larson B, uma plataforma de gelo de 500 mil milhões de toneladas que cobria uma área com o dobro da área da cidade de Londres, desintegrou-se em menos de um mês. Este facto não fez aumentar o nível do mar directamente, dado que o banco de gelo já se encontrava a flutuar, mas foi um alerta dramático para os efeitos do aquecimento verificado na área.

Depois disso, em 2005, o Programa Antárctico Britânico divulgou a descoberta de que 87 por cento dos glaciares na Península Antárctida tinham regredido ao longo dos últimos 50 anos. Nos últimos cinco anos, os glaciares em regressão perderam uma média de 50 metros (164 pés) por ano.

Potencialmente, o lençol de gelo da Antárctida Ocidental pode contribuir com uns seis metros (20 pés) adicionais de subida do nível da água do mar. Embora as hipóteses de isso acontecer serem consideradas baixas no terceiro relatório de avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, pesquisas recentes apresentam novas provas de importantes desagregações do lençol de gelo.

A totalidade do lençol de gelo da Antárctida contém água suficiente para elevar os níveis do mar em todo o mundo em 62 metros (203 pés).

Os glaciares da Gronelândia

Em Julho de 2005, cientistas a bordo do navio da Greenpeace “Arctic Sunrise” fizeram uma descoberta impressionante – provas que os glaciares da Gronelândia estão a derreter a um ritmo sem precedentes. Tratava-se apenas de mais uma prova de que as alterações climáticas já não são apenas uma perspectiva, elas já estão a chegar à nossa porta, e isto não é só uma força de expressão para quem vive em regiões costeiras.

Os dados indicam que o glaciar Kangerdlugssuaq, na costa oriental da Gronelândia, é provavelmente um dos glaciares mais rápidos do mundo, com uma velocidade de quase 14 quilómetros por ano. As medições foram feitas usando aparelhos de GPS de elevada precisão. No entanto, o glacial regrediu inesperadamente em cerca de cinco quilómetros desde 2001, após ter mantido uma situação estável ao longo dos 40 anos anteriores.

O grande lençol de gelo da Gronelândia encerra mais de seis por cento do volume total de água doce do mundo, e está a derreter muito mais rapidamente do que o esperado. Se toda a Gronelândia se derretesse, provocaria o aumento do nível da água do mar em quase vinte pés (seis metros). Os aumentos do nível da água do mar da ordem dos quatro a cinco pés (1,2 a 1,5 metros), podem significar que locais como Nova York, Amsterdão, Veneza ou Bangladesh vejam inundadas as suas zonas mais baixas.

A alarmante regressão do glacial Kangerdlugssuaq sugere que todo o lençol de gelo da Gronelândia esteja a derreter de modo muito mais rápido do que se acreditava anteriormente. Todas as previsões científicas para o aquecimento global partiram do princípio de ritmos mais lentos de degelo. Este novo indício sugere que a ameaça do aquecimento global é muito maior e mais urgente do que se acreditava anteriormente.

Destruição de Habitats

O aumento da temperatura está a influenciar toda a cadeia alimentar marinha. O fitoplâncton, por exemplo, que alimenta pequenos crustáceos incluindo o krill, cresce sob o gelo do mar. Uma redução no gelo do mar implica uma diminuição de krill – que, por sua vez, alimenta muitas espécies de baleias, incluindo as de grandes dimensões.

As baleias e os golfinhos encalham com altas temperaturas. As grandes baleias também correm o risco de perder as áreas de alimentação, devido ao degelo e ao colapso dos bancos de gelo, no Oceano Sul em volta da Antárctida,.

Espécies inteiras de animais marinhos e peixe encontram-se directamente em risco, devido ao aumento da temperatura – simplesmente não conseguem sobreviver em águas mais quentes. Algumas populações de pinguins, por exemplo, diminuíram em 33 por cento em certas regiões da Antárctida, devido à deterioração do seu habitat.

A ocorrência crescente de doenças em animais marinhos está também relacionada ao aumento da temperatura dos oceanos.

Greenpeace
http://www.greenpeace.org/portugal/pt/



terça-feira, 17 de julho de 2012

Previna os afogamentos


            O afogamento ocorre em locais como piscinas, rios e mares. No entanto, as crianças mais novas podem se afogar em apenas 2.5cm de profundidade. Estes acidentes podem causar danos permanentes no cérebro de uma criança e até mesmo a morte.
            Algumas indicações importantes:
  • Não deixe uma criança sozinha quando estiver próxima da água; 
  • Diga as crianças para não correrem, empurrar ou pular em outras crianças perto de piscinas, lagos, etc; 
  • As crianças devem ser observadas constantemente, mesmo em piscinas plásticas e banheiras; 
  • Tenha a certeza de que as crianças nadam em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas mesmo que saibam nadar; 
  • As crianças devem usar coletes salva-vidas sempre que estiverem próximas da água. As bóias não substituem coletes salva-vidas; 
  • Poços, cisternas, caixas de água e outros reservatórios devem estar sempre fechados; 
  • Instale cercas de isolamento ao redor da piscina com pelo menos 1,5m de altura, equipadas com portões e travas; 
  • Baldes e bacias com água devem ficar fora do alcance das crianças; 
  • O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas cinco minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de crianças aprendam técnicas de primeiros socorros;
Números Europeu de Emergência 112

sexta-feira, 6 de julho de 2012

CRISE CONVULSIVA

           A crise convulsiva é um momento de muito stress. A primeira coisa que se deve ter em mente é que a maioria das crises dura menos que cinco minutos. Deve-se manter a calma para que se possa ajudar a pessoa.
           
Medidas protectoras que devem ser tomadas no momento da crise:
  • Deite a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas;
  • Remova os objectos que se encontram perto da pessoa (estando já colocada no chão), para evitar traumas; 
  •  Desaperte roupas apertadas;
  • Proteja a cabeça da pessoa com a mão, roupa ou almofada; 
  •  Lateralize a cabeça para que a saliva escorra (evitando que a pessoa se engasgue ou sufoque); 
  • Limpe as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração; 
  • Observe se a pessoa consegue respirar; 
  •  Afaste os curiosos, dando espaço para a pessoa; 
  •  Reduza estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho); 
  •  Permitir que a pessoa descanse; 
  •  Procurar assistência médica, ligando o 112.
112 -O número Europeu de emergência. Ao ligar mantenha a calma, responda a todas as informações solicitadas, só assim a ajuda será mas eficiente e rápida.  


Se possível, após tomar as medidas acima, deve anotar os acontecimentos relacionados com a crise. Deve-se registar: 
  •   Início e duração da crise; 
  •   Acontecimentos significativos anteriores à crise; 
  •   Se há incontinência urinária ou fecal;   
  • Tipo de contracções musculares; 
  • Como terminou da crise; 
  • Nível de consciência após a crise.


O que NÃo fazer durante e após uma crise convulsiva
            Várias medidas erradas são comummente realizadas no socorro de uma pessoa com crise convulsiva. Não deve ser feito:
  • NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas), deve-se deixá-los livres; 
  •  NÃO tente balançar a pessoa. Isso evita a falta de ar.
  • NÃO coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente ela pode feri-lo. 
  • NÃO dar banhos nem usar compressas com álcool caso haja febre pois há risco de afogamento ou lesão ocular pelo álcool; 
  • NÃO medique, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise, pela boca. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se afogar ao engolir o comprimido e a água;
  • Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire a pessoa do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. 
  •  NÃO realizar actividades físicas pelo menos até 48 horas após a crise convulsiva.