À
 luz do conhecimento médico atual, considera-se que existem três 
atitudes que modificam o resultado no socorro a uma vítima de paragem 
cardiorrespiratória (PCR):
  
 1. Pedir ajuda, acionando de imediato o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM);
 2. Iniciar de imediato manobras de Suporte Básico de Vida (SBV);
 3. Aceder à desfibrilhação tão precocemente quanto possível mas apenas quando indicado.
  
 Estes procedimentos sucedem-se de uma forma encadeada e constituem uma 
cadeia de atitudes em que cada elo articula o procedimento anterior com o
 seguinte. Surge assim o conceito de Cadeia de Sobrevivência, composta 
por quatro elos ou ações, em que o funcionamento adequado de cada elo e a
 articulação eficaz entre os vários elos é vital para que o resultado 
final seja uma vida salva.
  
 A Cadeia de Sobrevivência 
representa, simbolicamente, o conjunto de procedimentos que permitem 
salvar vítimas de PCR. Para que o resultado final possa ser, 
efetivamente, uma vida salva, cada um dos elos da cadeia é vital e todos
 devem ter a mesma força.
  
 Os quatro elos da cadeia de sobrevivência são:
  
 1. Acesso precoce ao SIEM - 112
 2. Início precoce de SBV
 3. Desfibrilhação precoce
 4. Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce
  
  
 1.    ACESSO PRECOCE AO SIEM
 O rápido acesso ao SIEM assegura o início da Cadeia de Sobrevivência. 
Cada minuto sem se chamar o socorro reduz a possibilidade de 
sobrevivência da vítima. Para o funcionamento adequado deste elo é 
fundamental que quem presencia uma determinada ocorrência seja capaz de 
reconhecer a gravidade da situação e saiba ativar o sistema, ligando 
adequadamente 112 - para poder informar o quê, onde, como e quem. A 
incapacidade de adotar estes procedimentos significa falta de formação. A
 consciência de que estes procedimentos podem salvar vidas humanas deve 
ser incorporada o mais cedo possível na vida de cada cidadão.
  
 2.    SBV PRECOCE
 Para que uma vítima em perigo de vida tenha maior hipótese de 
sobrevivência é fundamental que sejam iniciadas, de imediato e no local 
onde ocorreu a situação, manobras de SBV. Isto só se consegue se quem 
presencia a situação tiver a capacidade de iniciar o SBV. O SBV permite 
ganhar tempo, mantendo alguma circulação e alguma ventilação na vítima, 
até à chegada de socorro mais diferenciado para instituir os 
procedimentos de SAV.
  
 3.    DESFIBRILHAÇÃO PRECOCE
 A 
maioria das PCR no adulto ocorrem devido a uma perturbação do ritmo 
cardíaco a que se chama Fibrilhação Ventricular (FV). Esta perturbação 
do ritmo cardíaco caracteriza-se por uma atividade elétrica caótica de 
todo o coração, em que não há contração do músculo cardíaco e, como tal,
 não é bombeado sangue para o organismo. O único tratamento eficaz para 
esta arritmia é a desfibrilhação que consiste na aplicação de um choque 
elétrico, externamente a nível do tórax da vítima, para que a passagem 
da corrente elétrica pelo coração pare a atividade caótica que este 
apresenta. A desfibrilhação eficaz é determinante na sobrevivência de 
uma PCR.
 Também este elo da cadeia deve ser o mais precoce possível.
 A probabilidade de conseguir tratar a FV com sucesso depende do fator 
tempo. A desfibrilhação logo no 1º minuto em que se instala a FV pode 
ter uma taxa de sucesso próxima dos 100%, mas ao fim de 8-10 minutos a 
probabilidade de sucesso é quase nula.
  
 4.    SAV PRECOCE
 
Este elo da cadeia de sobrevivência é uma “mais-valia”. Nem sempre a 
desfibrilhação é eficaz, por si só, para recuperar a vítima. Outras 
vezes a desfibrilhação pode não ser sequer indicada. O SAV permite 
conseguir uma ventilação mais eficaz (através da entubação endotraqueal)
 e uma circulação também mais eficaz (através da administração de 
fármacos). Idealmente, o SAV deverá ser iniciado ainda na fase 
pré-hospitalar e continuado no hospital, permitindo a estabilização das 
vítimas recuperadas de PCR. Integram também este elo os cuidados 
pós-reanimação, que têm o objetivo de preservar as funções do cérebro e 
coração.
  
 A Cadeia de Sobrevivência tem apenas a força que 
tiver o seu elo mais fraco: de nada serve ter o melhor Suporte Avançado 
de Vida (SAV) se quem presencia a PCR não souber ligar 112!
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Crianças em segurança - INSOLAÇÃO EM VEÍCULOS
Este filme foi feito com a esperança de evitar lesões ou morte da criança.
A cada 10 dias, uma criança morre de insolação em veículos.
Esta é uma Reconstituição e ninguém foi prejudicado na realização deste filme. Red Castle Production /safekids
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