quinta-feira, 8 de março de 2012

Presença, Importância e Papel da Mulher na Proteção Civil

            A nossa sociedade sempre viu a mulher como um ser débil e incapaz de exercer determinadas funções, pois esta existia essencialmente para ser mulher e mãe, até começar a receber instruções académica e perceber que era tão ou mais capaz do que os homens.
            Em muitas áreas da sociedade a mulher começou a exercer funções fora de casa: era professora, enfermeira e em pouco mais área intervinha.
No entanto com o começo da sua independência monetária e a liberdade para poder fazer da sua vida o que fazia feliz, ela começa a entrar em área e setores que eram apenas e só de homens.
            Não é alheio a este facto a implementação da democracia e os princípios constitucionais de 2976, bem como a adesão à União Europeia ou mesmo a eclosão e utilização m massa das novas tecnologias. Em toda a sociedade a importância e o papel da mulher fazem-se sentir cada vez mais, quer pelas suas características como ser humano, quer pelas suas aptidões e diversos níveis: cultural, técnico, psicossociológico, entre outros.

Enquadramento histórico:
            Atualmente a mulher é um elemento casa vez mais importante na área da Proteção Civil. No entanto, se recuarmos no tempo verificamos que a sua importância já tem décadas, apesar da sua forma subtil e menos visível.
            Na Proteção Civil, e o seu papel de destaque surge com a Cruz Vermelha Internacional, em 1864, na Suíça, começando a ser a principal ajuda aos soldados feridos na 1º Grande Guerra Mundial, estendendo-se dessa forma praticamente a todo o mundo.
            Em Portugal, com a guerra colonial, surge o que poderemos identificar como o início das mulheres num setor da Proteção Civil, com as enfermeiras paraquedistas, pois são estas mulheres que vão começar a fazer parte do corpo de um dos agentes da proteção civil: os Bombeiros.
            São estas mulheres que vão dar início ao chamado “ Corpo Auxiliar Feminino”., existente nos Corpos de Bombeiros em 1974.
            O Corpo Auxiliar Feminino (C.A. Feminino) era o apoio aos homens que se encontravam nos teatros de operações, confecionando refeições, levando água, leite, preparando mudas de roupa e que por elas era transportado aos locais de sinistro, sendo disso exemplo o incêndio na Faculdade de Ciências de Lisboa em 17 de Março de 1978.
            Como estas mulheres tinham vontade e sentiam-se com capacidade para sair dos quartéis e lutar  lado a lado com os seus camaradas homens, em 1981/82 surgem as duas primeiras escolas de Lisboa, a primeira com duas mulheres e a segunda com uma, começando assim as mulheres a fazer parte do Corpo Ativo, as que queriam , e ficando divididas entre o C.A.Feminino e o Corpo Ativo.
            Também nos outros agentes da protecção civil começam a aparecer mulheres, como são disso exemplo as forças de segurança, as forças armadas, o INEM, para mencionar apenas alguns.
            Paulatinamente, as mulheres começam a impor-se na área da protecção ciil, adquirindo formação, capacidade técnica, demonstrando que são um elemento válido e imprescindível para o maior e melhor desenvolvimento desta área.
(…) tudo nos leva a crer que a importância/papel da mulher na Proteção Civil vai ser cada vez maior, sendo que se espera que ela seja cada vez mais bem aceite pelos seus pares, podendo vir a exercer com mais frequência Cargos de Comando e Liderança dentro desta área, que muitas vezes carece da sensibilidade, do ombro amigo, do abraço e até do conforto da mãe, próprios e característicos da mulher.

Alzira Perna, Advogada, Oficial Bombeira de 2ª dos Bombeiros.
PROCIV número 36, Março de 2011

1 comentário:

  1. Gostei muito do que li, de relevante interesse e partilha.
    Um abraço a todas as mulheres que que desenvolvem o seu trabalho em torno da PC.
    Horta

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